Essa reportagem especial do Correio Braziliense, retrata a atual situação do maior lixão da América Latina, o lixão da Estrutural e nos leva a uma reflexão sobre o destino correto do lixo que produzimos
E você?? Sabe para onde vai o lixo que você produz ???
Os olhos da catadora de lixo piscam para evitar as moscas e
se umedecem - impossível saber se é riso ou choro. Nos próximos meses, ao
completar 65 anos, "quando certinho eu não sei, mas tá perto", Dona
Sueli Ventura Esteves quer estar longe do Lixão da Estrutural, o maior da
América Latina, a 15 quilômetros de Brasília. São 8,7 mil toneladas diárias,
produzidas por todas as cidades do Distrito Federal.
Para Dona Sueli, deixar o local é uma opção. Mas para as 2,7
mil pessoas que tiram o sustento da separação do lixo no local, não haverá
outra saída.
Este ano de 2014 deve marcar o fim do depósito que funciona desde
meados da década de 1960 e já acumulou 30 milhões de toneladas em lixo e em
problemas - ambientais, sociais e urbanos. O encerramento dos trabalhos é
resultado da Política Nacional de Resíduos Sólidos ( PNRS), que estabelece
agosto como prazo limite para desativação de lixões como o da Estrutural. No
DF, o governo pretende transferir o depósito para um aterro, já em construção
em Samambaia, a 25 quilômetros do centro da capital.
Para lá eu não vou, entrei com meus papéis como lavradora e
me aposento antes", prevê Dona Sueli. Nos planos, o retorno para Barra do
São Francisco. Ela ainda persiste, entre o mau cheiro e o acúmulo de resíduos.
Há três anos veio viúva da Bahia, com sete filhas. "Trabalhando aqui
ajudei todas a ter casa - até de dois andares", orgulha-se a avó de 12
crianças. Quando "as meninas" não estão, ela foge para trabalhar:
"Elas (as filhas) não gostam que eu venha, estou com um afastamento na
coluna, mas tomo um comprimido com água e a dor passa".
A SOLUÇÃO
ATERRO SANITÁRIO DE SAMAMBAIA, ESPERANÇA PARA ACABAR COM O
LIXÃO
Ao mesmo tempo em que o fim do Lixão da Estrutural é uma
realidade cada vez mais próxima da população em 2014, o Aterro Sanitário Oeste,
em Samambaia, aparece como a solução definitiva para a política de tratamento
de resíduos sólidos no Distrito Federal.
Previsto para iniciar a operação em
maio, o primeiro aterro da capital federal, no entanto, ainda é cercado por
dúvidas e incertezas, principalmente em relação à população vizinha ao local. O
receio de ver um novo lixão se formar às margens da DF-180 tira o sossego de
quem vive nas quadras 800 e 1.000, região conhecida como Expansão de Samambaia,
onde moram mais de 30 mil pessoas.
A primeira das três etapas do aterro terá
capacidade para receber, em média, 68 mil toneladas de resíduos por mês. O
custo aos cofres públicos por ano, inicialmente, será de cerca de R$ 17
milhões.
Fonte: Correio Braziliense.
Veja a reportagem completa, com detalhes no link.
Nenhum comentário:
Postar um comentário