terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Um problema chamado ESTRUTURAL

Essa reportagem especial do Correio Braziliense, retrata a atual situação do maior lixão da América Latina, o lixão da Estrutural e nos leva a uma reflexão sobre o destino correto do lixo que produzimos
E você?? Sabe para onde vai o lixo que você produz ???

Os olhos da catadora de lixo piscam para evitar as moscas e se umedecem - impossível saber se é riso ou choro. Nos próximos meses, ao completar 65 anos, "quando certinho eu não sei, mas tá perto", Dona Sueli Ventura Esteves quer estar longe do Lixão da Estrutural, o maior da América Latina, a 15 quilômetros de Brasília. São 8,7 mil toneladas diárias, produzidas por todas as cidades do Distrito Federal.
Para Dona Sueli, deixar o local é uma opção. Mas para as 2,7 mil pessoas que tiram o sustento da separação do lixo no local, não haverá outra saída. 

Este ano de 2014 deve marcar o fim do depósito que funciona desde meados da década de 1960 e já acumulou 30 milhões de toneladas em lixo e em problemas - ambientais, sociais e urbanos. O encerramento dos trabalhos é resultado da Política Nacional de Resíduos Sólidos ( PNRS), que estabelece agosto como prazo limite para desativação de lixões como o da Estrutural. No DF, o governo pretende transferir o depósito para um aterro, já em construção em Samambaia, a 25 quilômetros do centro da capital.

Para lá eu não vou, entrei com meus papéis como lavradora e me aposento antes", prevê Dona Sueli. Nos planos, o retorno para Barra do São Francisco. Ela ainda persiste, entre o mau cheiro e o acúmulo de resíduos. Há três anos veio viúva da Bahia, com sete filhas. "Trabalhando aqui ajudei todas a ter casa - até de dois andares", orgulha-se a avó de 12 crianças. Quando "as meninas" não estão, ela foge para trabalhar: "Elas (as filhas) não gostam que eu venha, estou com um afastamento na coluna, mas tomo um comprimido com água e a dor passa".

A SOLUÇÃO
ATERRO SANITÁRIO DE SAMAMBAIA, ESPERANÇA PARA ACABAR COM O LIXÃO

Ao mesmo tempo em que o fim do Lixão da Estrutural é uma realidade cada vez mais próxima da população em 2014, o Aterro Sanitário Oeste, em Samambaia, aparece como a solução definitiva para a política de tratamento de resíduos sólidos no Distrito Federal. 

Previsto para iniciar a operação em maio, o primeiro aterro da capital federal, no entanto, ainda é cercado por dúvidas e incertezas, principalmente em relação à população vizinha ao local. O receio de ver um novo lixão se formar às margens da DF-180 tira o sossego de quem vive nas quadras 800 e 1.000, região conhecida como Expansão de Samambaia, onde moram mais de 30 mil pessoas. 

A primeira das três etapas do aterro terá capacidade para receber, em média, 68 mil toneladas de resíduos por mês. O custo aos cofres públicos por ano, inicialmente, será de cerca de R$ 17 milhões.

Veja a reportagem completa, com detalhes no link. 

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