segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A importância das micro e pequenas empresas na economia do Distrito Federal

Foto: Paula Matos com amigos do comércio de Vicente Pires. 12/2013
       As Micro e Pequenas empresas são essenciais para a economia brasileira, são as maiores geradoras de emprego e renda, possuem um portfólio diversificado de produtos e serviços e sua desconcentração geográfica, visto sua capacidade de promover a inserção social dos excluídos, a melhoria da renda da população e a satisfação dos stakeholders.
As MPEs são uma das principais agentes desse novo contexto econômico e a prática da responsabilidade social nestas empresas tem muito a colaborar para a diminuição das desigualdades sociais, para dizimação da miséria, para o aumento do nível educacional, para promoção de melhores condições e criação de oportunidades para os cidadãos, visto que essas empresas possuem uma maior proximidade com a comunidade e estão inseridas em vários meios de diferentes estratificações da sociedade.

As microempresas e as empresas de pequeno porte teoricamente recebem tratamento jurídico diferenciado e favorecido no Brasil, assegurado pela Constituição da República (BRASIL,1988) no artigo 179. A finalidade é incentivar a atuação de pequenos empreendedores, através da simplificação de obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias e de outros benefícios de inclusão sócio-econômica.
Na pratica a realidade para as MPEs é bem diferente, muitas tem grande potencial de crescimento, mas devido às dificuldades, falta de estrutura, apoio e incentivo acabam se limitando e estagnando.

Os empresários Cleudiens Francisca Lopes (44) e Paulo Sergio Ferreira (47) há aproximadamente 5 anos tem uma fabrica de calçados totalmente formal, chamada ANDE BEM CALCADOS localizada na QNM 4 da Ceilândia Norte, os produtos que são fabricados, são vendidos no DF e fora como Amazonas, Tocantins, Bahia, São Paulo, Pirenopolis e Porto Seguro, a cada ano por meio de seus esforços conseguem vencer os obstáculos que aparecem pelo caminho, diz a empresaria ”Se tivéssemos um espaço maior poderíamos aumentar a produção, empregar mais funcionários e inclusive já pensamos em exportar o nosso produto, mas a falta de compromisso das as autoridades acabam nos limitando, mal conseguimos fazer um empréstimo temos uma dificuldade tremenda e quando conseguimos o valor é muito baixo e acaba não atendendo a nossas expectativas de aumentar a produção, também acho que o SEBRAE pouco se importa com as micro empresas nunca recebi uma visita de nenhum consultor e acredito que capacitação também pode ajudar no crescimento do meu negocio”

Elas vivem em um ambiente hostil e desigual, com excesso de burocracias, impostos e graves dificuldades de acesso ao credito, à informação e tecnologia. É um descaso total por parte do governo .
É uma luta braçal onde a sua perspectiva como empreendedor, às vezes, descamba para o desestímulo.

O que vemos diariamente é uma falta de ética no mercado, as MPEs tem dificuldades em todos os processos do governo, ao lançar o programa das ADES as mesmas deveriam ter preferências para melhorar as suas estruturas físicas, mas só as grandes empresas conseguem grandes áreas e constroem suas sedes enquanto as MPEs pagam aluguel e diminuem ainda mais a sua capacidades de desenvolvimento.

Outra dificuldade que as MPEs enfrentam é na tentativa de participar de licitações e contratações públicas, muitas vezes é lançado um edital com a especificação técnica da aquisição, o maior problema é que ele já sai com RG ou seja já com um direcionamento a grandes empresas, tirando qualquer chance de participação das MPEs.

Vejo que os nossos empresário não são valorizados como deveriam, é um paradoxo, teoricamente, ouve-se falar em incentivos governamentais, no entanto, a mortalidade da micro e pequena empresa é uma constante. Sem dúvida, a reversão dos impostos que lhes são cobrados não são aplicados em obras de infra-estrutura de benefícios coletivos e de forma transparentes, percebe-se, apenas, uma troca tangível maléfica: “toma lá dá cá”.
Sem contar a violência diária que esses empresários sofrem pelos bandidos, não existe nenhum tipo de segurança diferenciada para estes comércios, nem mesmo para aqueles que são assaltados até 3 vezes por semana pelos mesmo meliantes.
Foto: Reprodução/Tv Globo
Torna-se necessária uma observação como exemplo, da forma de países europeus e outros desenvolvidos ao fazerem políticas públicas, pois esses incentivam as micro e pequenas empresas até mesmo, como forma de combater o crescimento da criminalidade, desemprego, enfim, o fomento às suas economias. Aqui no Brasil as taxas de juros e os impostos são as mais altas do mundo, e muitos supostos empreendedores são empurrados à ilicitude.

O Brasil até poderia se destacar no desenvolvimento comercial se os empresários tivessem incentivos reais, grande parte do aumento do desemprego se deve a toda essa falta de comprometimento das autoridades, que acabam investindo fora do país e deixando que nossos empresários geradores de oportunidades se virem.
Uma boa gestão governamental é fundamental para o desenvolvimento do nosso país e só apenas de quatro em quatro anos temos a chance de escolher quem será o próximo a fazer a gestão dos nossos recursos, sejamos conscientes e criteriosos na escolha por que o que esta ruim pode piorar ainda mais.
A pesar de toda a dificuldade a sociedade espera que os empresários continuem prestando esta grande contribuição para o desenvolvimento social, fundamental para todos nós.

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