Foto: Paula Matos com amigos do comércio de Vicente Pires. 12/2013 |
As Micro e
Pequenas empresas são essenciais para a economia brasileira, são as maiores
geradoras de emprego e renda, possuem um portfólio diversificado de produtos e
serviços e sua desconcentração geográfica, visto sua capacidade de promover a
inserção social dos excluídos, a melhoria da renda da população e a satisfação
dos stakeholders.
As MPEs são
uma das principais agentes desse novo contexto econômico e a prática da
responsabilidade social nestas empresas tem muito a colaborar para a diminuição
das desigualdades sociais, para dizimação da miséria, para o aumento do nível
educacional, para promoção de melhores condições e criação de oportunidades
para os cidadãos, visto que essas empresas possuem uma maior proximidade com a
comunidade e estão inseridas em vários meios de diferentes estratificações da
sociedade.
As
microempresas e as empresas de pequeno porte teoricamente recebem tratamento
jurídico diferenciado e favorecido no Brasil, assegurado pela Constituição da
República (BRASIL,1988) no artigo 179. A finalidade é incentivar a atuação de
pequenos empreendedores, através da simplificação de obrigações
administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias e de outros
benefícios de inclusão sócio-econômica.
Na pratica
a realidade para as MPEs é bem diferente, muitas tem grande potencial de crescimento,
mas devido às dificuldades, falta de estrutura, apoio e incentivo acabam se
limitando e estagnando.
Os empresários Cleudiens Francisca Lopes (44) e Paulo Sergio Ferreira (47) há aproximadamente 5 anos tem uma fabrica de calçados totalmente formal, chamada ANDE BEM CALCADOS localizada na QNM 4 da Ceilândia Norte, os produtos que são fabricados, são vendidos no DF e fora como Amazonas, Tocantins, Bahia, São Paulo, Pirenopolis e Porto Seguro, a cada ano por meio de seus esforços conseguem vencer os obstáculos que aparecem pelo caminho, diz a empresaria ”Se tivéssemos um espaço maior poderíamos aumentar a produção, empregar mais funcionários e inclusive já pensamos em exportar o nosso produto, mas a falta de compromisso das as autoridades acabam nos limitando, mal conseguimos fazer um empréstimo temos uma dificuldade tremenda e quando conseguimos o valor é muito baixo e acaba não atendendo a nossas expectativas de aumentar a produção, também acho que o SEBRAE pouco se importa com as micro empresas nunca recebi uma visita de nenhum consultor e acredito que capacitação também pode ajudar no crescimento do meu negocio”
Os empresários Cleudiens Francisca Lopes (44) e Paulo Sergio Ferreira (47) há aproximadamente 5 anos tem uma fabrica de calçados totalmente formal, chamada ANDE BEM CALCADOS localizada na QNM 4 da Ceilândia Norte, os produtos que são fabricados, são vendidos no DF e fora como Amazonas, Tocantins, Bahia, São Paulo, Pirenopolis e Porto Seguro, a cada ano por meio de seus esforços conseguem vencer os obstáculos que aparecem pelo caminho, diz a empresaria ”Se tivéssemos um espaço maior poderíamos aumentar a produção, empregar mais funcionários e inclusive já pensamos em exportar o nosso produto, mas a falta de compromisso das as autoridades acabam nos limitando, mal conseguimos fazer um empréstimo temos uma dificuldade tremenda e quando conseguimos o valor é muito baixo e acaba não atendendo a nossas expectativas de aumentar a produção, também acho que o SEBRAE pouco se importa com as micro empresas nunca recebi uma visita de nenhum consultor e acredito que capacitação também pode ajudar no crescimento do meu negocio”
Elas vivem
em um ambiente hostil e desigual, com excesso de burocracias, impostos e graves
dificuldades de acesso ao credito, à informação e tecnologia. É um descaso
total por parte do governo .
É uma luta
braçal onde a sua perspectiva como empreendedor, às vezes, descamba para o
desestímulo.
O que vemos
diariamente é uma falta de ética no mercado, as MPEs tem dificuldades em todos
os processos do governo, ao lançar o programa das ADES as mesmas deveriam ter
preferências para melhorar as suas estruturas físicas, mas só as grandes
empresas conseguem grandes áreas e constroem suas sedes enquanto as MPEs pagam
aluguel e diminuem ainda mais a sua capacidades de desenvolvimento.
Outra
dificuldade que as MPEs enfrentam é na tentativa de participar de licitações e
contratações públicas, muitas vezes é lançado um edital com a especificação
técnica da aquisição, o maior problema é que ele já sai com RG ou seja já com
um direcionamento a grandes empresas, tirando qualquer chance de participação
das MPEs.
Vejo que os
nossos empresário não são valorizados como deveriam, é um paradoxo,
teoricamente, ouve-se falar em incentivos governamentais, no entanto, a
mortalidade da micro e pequena empresa é uma constante. Sem dúvida, a reversão
dos impostos que lhes são cobrados não são aplicados em obras de
infra-estrutura de benefícios coletivos e de forma transparentes, percebe-se,
apenas, uma troca tangível maléfica: “toma lá dá cá”.
Sem contar
a violência diária que esses empresários sofrem pelos bandidos, não existe
nenhum tipo de segurança diferenciada para estes comércios, nem mesmo para aqueles
que são assaltados até 3 vezes por semana pelos mesmo meliantes.
Foto: Reprodução/Tv Globo |
Torna-se
necessária uma observação como exemplo, da forma de países europeus e outros
desenvolvidos ao fazerem políticas públicas, pois esses incentivam as micro e
pequenas empresas até mesmo, como forma de combater o crescimento da criminalidade,
desemprego, enfim, o fomento às suas economias. Aqui no Brasil as taxas de
juros e os impostos são as mais altas do mundo, e muitos supostos empreendedores
são empurrados à ilicitude.
O Brasil
até poderia se destacar no desenvolvimento comercial se os empresários tivessem
incentivos reais, grande parte do aumento do desemprego se deve a toda essa
falta de comprometimento das autoridades, que acabam investindo fora do país e
deixando que nossos empresários geradores de oportunidades se virem.
Uma boa
gestão governamental é fundamental para o desenvolvimento do nosso país e só
apenas de quatro em quatro anos temos a chance de escolher quem será o próximo a
fazer a gestão dos nossos recursos, sejamos conscientes e criteriosos na
escolha por que o que esta ruim pode piorar ainda mais.
A pesar de
toda a dificuldade a sociedade espera que os empresários continuem prestando
esta grande contribuição para o desenvolvimento social, fundamental para todos
nós.
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